Temos a tendência de achar que precisamos estar bem para nos entregarmos a Deus. Como se Ele só quisesse os nossos momentos bons, as nossas partes bonitas, os pedaços já organizados. Mas é justamente o contrário: a entrega é o começo da restauração. Deus não espera que você conserte o que está quebrado Ele quer que você entregue tudo como está.
“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado; Ele salva os de espírito oprimido.”
Salmo 34:18
A cura interior começa com a humildade de dizer: “eu não consigo sozinho”. Quando reconhecemos que o nosso coração dividido só gerou dor, e que a nossa independência só trouxe cansaço, damos o primeiro passo em direção à liberdade. Não é sobre mérito. É sobre rendição.
A verdade é que nenhum conserto profundo acontece sem rendição real. A resistência mantém as feridas abertas. O orgulho prolonga o sofrimento. Mas quando abrimos mão do controle e colocamos diante de Deus tudo aquilo que está desalinhado, Ele faz o que só Ele pode fazer: transforma o caos em cura.
“E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo…”
Ezequiel 36:26
Essa é a beleza do Evangelho: Ele nos convida a um lugar onde não precisamos fingir. Onde não há exigência de performance, apenas a verdade que liberta. Quando você se rende, Deus não apenas restaura sua alma Ele redefine sua caminhada, realinha seus desejos, cura memórias antigas e sopra vida sobre o que estava adormecido.
É nesse lugar de rendição que o Espírito Santo tem liberdade para agir. Ele não trabalha onde há resistência. Mas onde há rendição, Ele planta esperança. Por isso, não subestime o poder de um simples “sim” sincero a Deus. Um coração disposto vale mais do que anos de tentativas humanas frustradas.
Talvez você tenha tentado sozinho por muito tempo. Talvez esteja cansado, ferido ou confuso. Mas hoje, mais uma vez, o convite está de pé: entregue tudo. Mesmo aquilo que você acha que Deus não quer ver. Ele é um Pai que não apenas acolhe — Ele cura. Ele não apenas escuta — Ele transforma. A rendição, afinal, nunca foi sinal de fraqueza, mas o começo da força que só pode vir do alto.
Quando reconhecemos que o nosso coração dividido só gerou dor, e que a nossa independência só trouxe cansaço, damos o primeiro passo em direção à liberdade. Não é sobre mérito. É sobre rendição.