Vivemos dias em que o discurso parece ter mais força do que a prática. Em nome da liberdade de expressão, muitos se levantam para questionar tudo: a Palavra, a vontade de Deus, a autoridade da Igreja, e até mesmo o próprio Cristo. Mais do que isso, desenvolvemos a habilidade de justificar comportamentos que, no fundo, sabemos que desagradam ao Senhor.
Mas o que Jesus pensa sobre isso?
Em Lucas 5:36-39, Ele ensina:
“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, derramar-se-á, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos.”
Jesus está dizendo: não dá para viver o novo de Deus carregando os moldes antigos da carne. E ainda assim, quantas vezes queremos manter nossos hábitos, desejos, opiniões e estilos de vida, tentando encaixá-los dentro da fé cristã? Questionamos o que Deus já revelou claramente e, ao invés de arrependimento, oferecemos justificativas. Somos rápidos para explicar por que erramos — mas lentos para mudar.
O alerta de Jesus é direto: “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo?” (Mateus 5:13). Um cristão que se torna insosso, que não vive a diferença que prega, corre o risco de se tornar irrelevante — e, pior, incoerente com o Reino que representa.
Não há como viver um cristianismo verdadeiro tentando equilibrar o Evangelho com as nossas vontades. Ou Ele é Senhor, ou não é. Ou estamos sendo transformados pela verdade, ou estamos remendando um estilo de vida antigo com uma aparência nova.
Deus não está à procura de argumentos, mas de rendição. Ele não espera performance, mas obediência. Ele não quer adaptações da Sua verdade ao nosso gosto, mas um coração disposto a ser um odre novo — flexível, ensinável, disponível para o vinho novo do céu.
“Examinem-se para ver se estão na fé; provem-se a si mesmos.”
2 Coríntios 13:5
Precisamos parar de resistir ao agir do Espírito e nos deixar moldar por Ele. O Evangelho não precisa da nossa edição, ele exige a nossa entrega. Quando obedecemos, deixamos de viver em guerra com Deus e passamos a caminhar em paz com Ele — e é nesse lugar de entrega que experimentamos, de fato, o sabor do vinho novo.
Deus não está à procura de argumentos, mas de rendição. Ele não espera performance, mas obediência. Ele não quer adaptações da Sua verdade ao nosso gosto, mas um coração disposto a ser um odre novo — flexível, ensinável, disponível para o vinho novo do céu.