Quantas vezes cantamos, levantamos as mãos e dizemos “Senhor, minha vida é tua”… mas seguimos vivendo como se ela fosse nossa? O problema não está apenas no que declaramos com os lábios, mas na incoerência de um coração que hesita entre dois senhores. Um dia queremos agradar a Deus, no outro escolhemos agradar a nós mesmos. Vivemos uma fé morna, hesitante, frágil. E a pergunta que ecoa é: até quando?
“Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.“
Mateus 15:8
Jesus confrontou uma geração que dizia seguir a Deus, mas tinha o coração distante. E se formos sinceros, essa geração somos nós. Estamos cheios de discursos sobre fé, mas vazios de entrega verdadeira. Queremos Jesus como Salvador, mas resistimos a tê-lo como Senhor.
Dividimos nossa lealdade entre o céu e o mundo, entre o Espírito e a carne, entre a vontade de Deus e a nossa própria. Mas o coração dividido não sustenta uma vida cheia do Espírito. Deus não quer uma parte de nós. Ele quer tudo. Ele quer um altar — não um palco. Uma entrega sem reservas. Um coração inteiro.
“Ninguém pode servir a dois senhores…“
Mateus 6:24
Ou Ele é tudo, ou Ele não é nada. Não existe meio caminho. Não existe cristianismo parcial. O Evangelho não é um suplemento para melhorar nossa vida, mas a cruz que nos chama à rendição total.
E aqui está a boa notícia: quando entregamos tudo, recebemos tudo dEle. O vazio que sentimos ao viver divididos é substituído por plenitude quando dizemos “sim” com inteireza. Quando nos rendemos, o amor dEle nos preenche, nos cura, nos transforma.
Que hoje possamos fazer essa oração sincera:
“Senhor, eu não quero mais viver dividido. Renuncio à tentativa de te servir e ao mesmo tempo manter o controle. Meu coração é teu, inteiro, sem reservas. Reina em mim.”