Recentemente, tenho refletido sobre a essência do louvor e gostaria de compartilhar algumas perspectivas que podem transformar a forma como ministramos e como enxergamos esse ministério.
PERFORMANCE VERSUS UNÇÃO
Como ministro, é preciso discernir entre uma performance puramente estética e a verdadeira unção. Uma performance exagerada pode até mesmo inibir a unção. O louvor é uma expressão da nossa relação íntima com Deus, onde a autenticidade se sobrepõe à simples apresentação. Mais do que cativar a congregação, ou até mesmo o público, com gestos e palavras, é preciso trazer verdade e sinceridade em cada aspecto do nosso louvor.
A Palavra de Deus em 1 Samuel 16.7 fala sobre o que Deus valoriza e como isso vai de contrapartida ao que o homem procura:
“Mas o SENHOR disse a Samuel: ‘Não consideres a sua aparência nem a sua altura, pois eu o rejeitei. O SENHOR não vê como vê o homem: o homem vê a aparência exterior, mas o SENHOR vê o coração.'”
Deus depositou algo especial em cada um de nós. Como ministros do louvor, devemos buscar transbordar essa unção única, enchendo-nos da presença de Deus. Ele conhece o seu coração e busca a verdadeira adoração. Quando estamos cheios do Espírito Santo, não somente nós somos tocados, mas temos o poder de tocar e transformar a vida dos outros.
ESCOLHENDO AS INFLUÊNCIAS CERTAS
No nosso papel como ministros de louvor, é crucial selecionar sabiamente nossas influências. A beleza artística, embora agradável, não possui o mesmo poder transformador que a unção. Portanto, devemos buscar, incansavelmente, um crescimento espiritual que vá além da estética e se baseie na unção que recebemos no secreto. Quando isso acontecer, mesmo em público, adoraremos a Deus em espírito e em verdade.
Quando estamos cheios do Espírito Santo, não somente nós somos tocados, mas temos o poder de tocar e transformar a vida dos outros.
FERNANDINHO
UMA PERFORMANCE EXAGERADA É CAPAZ DE INIBIR A UNÇÃO
Em João 4:24, Jesus destaca que “Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade.” Isso é um chamado para uma adoração que não seja uma mera performance e alcance a essência. Não é sobre o quão impressionante você é, ou o quanto nossas vozes são afinadas; é sobre quão profundamente estamos conectados com Deus e como essa conexão se reflete em nosso louvor.
Cultive um coração que busca a Deus acima de tudo. Um coração que adora em espírito e verdade não só agrada a Deus, mas também se torna um instrumento poderoso através do qual Ele pode operar. Nossa adoração tem o potencial de criar um ambiente onde o Espírito Santo se move livremente. Quando nos concentramos em estar cheios do Espírito, em vez de nos preocuparmos excessivamente com a perfeição da performance, nosso louvor se torna um instrumento de transformação.
Busque a unção e caminhe em sinceridade. Seja sábio ao escolher suas referências e ore pedindo discernimento. Que nossa ministração seja um canal para guiar as pessoas a uma adoração verdadeira ao Senhor, refletindo nossa vida no secreto e dedicação com as coisas de Deus.
Ser um ministro de louvor é atender ao chamado do Pai com fidelidade, equilibrando habilidade e unção, humildade e discernimento.
“Venham, cantemos ao SENHOR! Alegremo-nos na rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, aclamemo-lo com cânticos de louvor.” Salmos 95.1-2
Que você possa atender ao chamado de Deus com excelência, buscando sempre a Sua presença e direção. Seja o que Ele te chamou pra ser!
Grande abraço,
Fernandinho.
Nossa adoração tem o potencial de criar um ambiente onde o Espírito Santo se move livremente.