Vivemos em tempos em que ser uma pessoa “do bem” parece ser o suficiente. A expressão já virou elogio, selo de aprovação moral e, muitas vezes, critério para definir quem está ou não em paz com Deus. Mas será que ser “do bem” basta? Jesus foi claro ao dizer:
“Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Mateus 7:21 – NAA
É possível ser gentil, ter bons valores, fazer caridade e, ainda assim, estar longe da vontade do Pai. Porque o critério do Reino não é apenas o comportamento ético, mas a rendição a Cristo. O Evangelho não é uma filosofia de conduta — é uma chamada à conversão e à entrega total.
Cristo não morreu para nos transformar em pessoas agradáveis, mas para nos tornar novas criaturas. Ele não veio apenas nos ensinar a fazer o bem, mas a nascer de novo.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
2 Coríntios 5:17 – ACF
Ser do bem pode ser fruto da cultura, da criação, de bons exemplos — mas só o arrependimento e a fé geram transformação espiritual. Jesus não está recrutando pessoas éticas, mas discípulos. E o primeiro passo de um discípulo é renunciar a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo (Lucas 9:23). Não se trata de performance exterior, mas de uma decisão profunda: “Senhor, eu não quero mais viver do meu jeito. Eu quero viver do Teu.”
Infelizmente, muitas pessoas se escondem atrás de boas ações para evitar o confronto do Evangelho. Pensam que ajudar os outros, ir à igreja de vez em quando e evitar grandes escândalos já é o bastante. Mas a Bíblia diz que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Ninguém pode se salvar por ser bonzinho. É preciso nascer de novo. É preciso se render.
E essa rendição não é algo triste, mas o começo da verdadeira alegria. Só quem se entrega a Jesus descobre o que é viver com propósito, paz e plenitude. Não existe nada mais libertador do que reconhecer: “Eu preciso de um Salvador — e Ele já me encontrou.”